sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal de 2009.

Essa ceia de natal realmente se iniciou em 2008, quando aconteceu a possibilidade de minha família, pessoas que me são tão queridas, se mudarem para Tucuruí.
Porem vou retroceder 32 anos, quando eu me mudei para Tucuruí.
Em 1977, um ano após a morte de meu Pai, fiz uma viagem de reconhecimento, pretendia encontrar um lugar diferente para viver, pretendia me estabelecer, coisa impossível em São Paulo, para uma pessoa sem capital, sem tradição de negociante tendo sempre trabalhado como empregado, num cenário em que se estabelecem pessoas com tradição, herança, recursos ou emigrantes e migrantes que não têm outra opção, não ostentam nenhum status, submetem-se a tudo e muitas das vezes fazem muito sucesso.
Eu não era nada disso, era um executivo de informática, cheio de preconceitos, mas cansado daquela vida.
Depois de uma viagem de reconhecimento ao Norte, onde pretendia conhecer Imperatriz, Redenção, Marabá e Altamira, casualmente surgiu Tucuruí em meu roteiro por uma indicação de uma advogada do Incra que conheci no caminho, em Gurupí, que me perguntou: O que você está procurando? respondi: Quero encontrar um lugar com perspectivas de crescimento para poder crescer junto. veio a sentença: Não deixe de conhecer Tucuruí, eu já trabalhei lá em um projeto fundiário do Incra, lá estão iniciando a construção de uma grande hidrelétrica e promete muito.
Em menos de trinta dias, estava eu de malas e bagagens em Tucuruí.
Aqui o migrante era eu. Trabalhei desmedidamente.
Aqui fui Contador, Professor, Promotor Adoc, Empresário, ganhei e perdi muito dinheiro, envolvi-me na política partidária, tornei-me uma pessoa pública.
Fui marido algumas vezes, há doze anos vivo com a Neth , Dercineth Aguiar Monteiro, companheira leal que se dedica a minha pessoa com amor e carinho, meu eixo, pessoa sensata e equilibrada que me orienta. Muitas das vezes ignoro suas orientações que geralmente estão certas e eu quebro a cara.
Nesses anos, desde a morte de meu pai, Osorio Pacheco Alves, que não tinha a oportunidade de passar o Natal com minha mãe e minhas irmãs, porisso tanta alegria pela ceia de ontem.
Desde Janeiro de 2009 minha mãe e minhas duas irmãs moram em Tucuruí, isso me deu uma alegria imensa, credito esse reencontro com minha família a Deus, o que agradeço diariamente.
Minha mãe aos 94 anos é uma pessoa lúcida, lê jornal diariamente, caminha lentamente, participa de tudo na casa, alias ela dirige a vida de minhas irmãs.
A Eneida, médica formada há 27 anos, ainda vive sob a batuta de Dona Luzia, ela presta serviço em um Posto de Saúde e entra as 14:00 horas. Quando chega 13:30 horas, Dona Luzia pergunta, Eneida, já tomou banho, você não vai trabalhar, já escovou os dentes e a Eneida prontamente se dirige ao trabalho, com isso a Doutora Eneida nunca chegou um minuto fora do horário no Posto de Saúde.
Da mesma forma, a Neth, cuida de mim e dos filhos.
Para a ceia de ontem, a Maisa e a Eneida se esmeraram, fizeram uma leitoa, uma farofa deliciosa, um arroz todo exotico, e fios de ovos, hó! fios de ovos, coisa que eu não comia desde a minha infância.
Diante disso tudo, passei um natal maravilhoso, estou transbordando de felicidade.
Recebi telefonema de meu filho Pedro Felipe, de minha irmã Celina, que ainda mora em São Paulo e de meu entiado, meu filhão, Claudio que resolveu casar-se e foi visitar a família da noiva no Maranhão.
Estiveram conosco o Claudione e Meire, sua namorada.
A Neth abriu mão de estar com sua filha Claudiana que ficou com o sogro para me acompanhar

Eu estou muito feliz, como não estava há muito tempo!!!


Um comentário:

  1. desejo muita saude de felicidades pra todos da familia. confeso que fiquei com agua na boca dessa ceia ai... mas um dia reuniremos todos...

    bjao sardade

    ResponderExcluir